quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Cu carne de vacă nu se moare de foame


Rodeada por línguas eslavas, a Roménia é uma espécie de ilha onde as palavras se encostam às nossas sem pedir licença.

Pelos vistos os Romanos só estiveram cá cerca de 100 anos, até os Bárbaros, Tártaros e Vândalos os terem devolvido à península de origem. Pelos vistos não ficaram por cá. Limitaram-se a perseguir os Romanos.

Ainda hoje os Romenos aprendem que são os verdadeiros descendentes do Império Romano e que nunca foram conquistados, apenas subjugados. Isto apesar de só terem conseguido a sua independência há pouco mais de um século, de terem feito parte do Império Austro-Húngaro, de se terem envolvido nas duas últimas grandes guerras, de terem sofrido a influência Soviética até inícios da última década do século passado e de agora pertencerem à União Europeia.

Tal como o latim teimou em resistir ao húngaro, sérvio, ucraniano e alemão, assim também as fábricas do tempo do comunismo teimam em resistir às demolições dos novos arquitectos do capitalismo.

Os rios sonolentos, quase gelados, ainda recebem os seus despojos até que alguma associação ambientalista os acorde junto dos novos e modernos tribunais europeus.

Os formulários serão, certamente, preenchidos em Inglês.

Sem comentários: